Sarravulho (2012)
Saiba mais sobre esse disco
Boa parte das composições foram escritas e amadurecidas durante as turnês da banda em 2011. São composições de Erick Barem que foram produzidas pela banda durante o processo de gravação, onde cada integrante livremente colocou um pouco de si e suas influências no disco, para que ficasse com esse resultado que você está escutando.
A música Filho de Xangô foi escrita por Erick Barem em homenagem ao seu amigo Danilo Nuha, que acabou contribuindo com a segunda estrofe da letra. Uma curiosidade sobre esta canção é que o solo de guitarra que você escuta na gravação, foi composto por Leandro Perez em seu primeiro dia de banda, na primeira vez que ouviu e tocou a música, mantendo-se o mesmo até hoje.
Entre as parcerias do disco, uma foi escrita por Erick Barem e Bruno Tasso especialmente para homenagear um grupo de percussão (tambores) chamado Bojomalê, muito influente na cena local, do qual os compositores eram fãs. A curiosidade é que o Bojomalê foi fundado e era regido por Chico Simão, que só ingressou na Sarravulho anos após o término do grupo. O show de lançamento do disco contou com a participação de ex-integrantes do Bojomalê e de integrantes do grupo Tambores Vento Bom.
A música Oxala é uma composição dos amigos Erick Barem, Danilo Nuha e Bruno Tasso. Erick iniciou essa composição para homenagear uma tia chamada Maria, depois os perceiros entraram e contribuíram com suas poesias. Essa composição começou a ser escrita quando os três amigos tinham uma banda chamada Levante, que fazia shows pela cidade e promovia alguns eventos culturais, entre 2001 e 2005.
O projeto gráfico do disco foi dirigido por Erick Barem, com base em desenhos do próprio artista e nas obras da artista plástica Franciele Comparin. As obras da artista foram fotografadas por Fernando Antunes, para serem usadas no projeto gráfico. Todas as letras encontradas no encarte foram escritas à mão pelos integrantes da banda, depois fotografadas e tratadas digitalmente para compor a identidade visual. Cada página do encarte foi artesanalmente produzida e conta uma historia diferente, trazendo elementos conforme a música que carrega.
Durante o processo de gravação a guitarra do Leandro Perez sofreu algumas modificações, personalizações que segundo ele, a deixou mais descolada. Ela ganhou ainda em seu escudo um desenho do Jimi Hendrix feito à mão por Erick Barem. Curiosamente em um show, um fã disse que achou lindo o desenho do "Seu Jorge" na guitarra, o que virou motivo de brincadeira entre os integrantes da banda, que tem carinho e admiração pelo Seu Jorge.
O prefácio deste disco foi escrito pelo lendário músico, mestre e amigo da banda Milton Nascimento, que presenteou o grupo com sua generosidade e carinho. Nesta carta enviada ao vocalista, Bituca destaca que "Sarravulho é uma das maiores surpresas musicais que surgiram no Brasil nestes últimos tempos".
Ficha Técnica
Gravado, mixado e masterizado na Toca do Jedi (Estudio 45) entre dezembro de 2011 e outubro de 2012.
Engenheiro de som: Anderson Rocha
Produção: Sarravulho
Fotografia: Fernando Antunes
Arte: Franciele Comparin e Erick Barem
Direção de Arte: Erick Barem
Arte Final: Leandro Perez e Rudi Aquino
Prefácio: Milton Nascimento
Anderson Rocha: guitarra e programações eletrônicas
Bruno Moser: baixo
Chico Simão: bateria, percussão e programações eletrônicas
Erick Barem: voz e violão de nylon
Leandro Perez: guitarra e violão de aço
Erick Barem tocou guitarra em Outro Bugre, Leandro Perez tocou violão de aço e "rabic" em Nauiro, Anderson Rocha fez programações eletrônicas em Nauiro, Chico Simão gravou caixa, alfaia e ganzá em Filho de Xangô, berimbau e caracaxá em Nauiro, alfaia, caixa, ganzá, gonguê e abê em O Bloco, caixa-prato e cowbell em Outro Bugre, dununs (sangban e kenkeni), surdo, abê e djembês em Batê, caixa, alfaias de marcação e repique, ganzá, abê e gonguê em Bojomalê, zabumba e triângulo em Estandarte de Sangue, pandeiro e conga em Oxalá. Coro de vozes em Batê e Oxala feito por Bruno Moser, Anderson Rocha, Erick Barem, Chico Simão, Marina Tonon, Rafinha Arruda, Jean Santos (Quim) e Valquiria Allis. Participação especial de Robertinho Silva que tocou caixa de fósforo, tamborim e inseriu a fala no início da música Casa de Bamba, gravou agogô, caxixis, pratos e ecostyles em Batê, reco-reco, tamborim e agogô em Oxalá.
Carta de Milton Nascimento | |
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